quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Olá, tudo bem? Sua empresa vende o que?



Já escrevi outras vezes algo semelhante, contudo, este assunto não tem validade. 

Sua empresa não vende exatamente um produto ou o serviço que comercializa, na verdade ela e qualquer outra organização comercial, vendem soluções de negócio que visam atender uma necessidade ou desejo (até ai novidade nenhuma – pelo menos não é pra ser).
A empresa que foca sua orientação em vendas ou produto, ela está incorrendo em um grave erro, haja vista que concentra toda sua expertise na criação de uma invenção e não na solução e praticidade daquilo para a vida do cliente.
O atendimento segue esta mesma linha de raciocínio. Vamos analisar o diálogo abaixo:
Atendente: - Olá, tudo bem? Posso ajudar?
Cliente: - Tudo! Estou procurando uma blusa para ir a uma festa.
Atendente: - Eu vou lhe ajudar a escolher! Temos de varias cores e modelos. (Após esse breve diálogo, o vendedor apresenta as possibilidades ao cliente)
QUAL O GRANDE ERRO DO ATENDENDE?
O atendente centrou seu trabalho nas características do produto (blusa, cores e modelos) e não na necessidade do cliente. O ideal era que este vendedor questionasse (investigasse) a funcionalidade de uso: essa blusa é para qual ocasião? E baseado na(s) resposta(s) oferecesse o produto ideal.
Parece básico o que estou relatando, mas muitos vendedores no entusiasmo da venda, não se atentam a este aspecto, e sabe qual o resultado? Uma venda com pouco ou nenhum sentimento de satisfação por parte do cliente.
Você, caso trabalhe com atendimento, reflita sobre isso.
Se você é gestor, analise se seus atendentes estão de fato capacitados, se não estiverem, é responsabilidade sua orienta e acompanhar.
O atendimento é  base de uma marca e deve ser entendido como um processo estratégico pelas organizações, independente do segmento.
Até a próxima e faça um atendimento UAU!
@coelhofernando 

 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sua empresa é uma gitfwork ou é só mais uma empresa pseudo-inovadora?

O que faz uma empresa ser de fato um bom local para se trabalhar? Política de plano de carreira, remuneração, benefícios, bom clima entre os pares... mas, só isso é o suficiente?
O consultor Robert Levering foi questionar o que acontece nas melhores empresas para e o que as tornam tão mais competitivas que as concorrentes. Sabe qual a resposta? Essas empresas são generosas.
Levering, durante uma pesquisa minuciosa revelou que nessas organizações existe um fenômeno chamado “giftwork”, que traduzindo para o português podemos desmembrar em:
gift - "presente" ou "doação"
work - "trabalho"
Na gestão contemporânea, segundo o consultor, a relação entre empresa e colaborador precisa ser norteada pela generosidade, isso significa que a estrutura empresarial deve ser como uma troca constante de presentes entre si, ou seja, a empresa não enxerga seu funcionário como um mero empregado, o que comprovadamente melhora a produtividade e comprometimento.
A regra do “você é pago para fazer” e de estruturas rígidas já não deve prevalecer diante de um cenário de alta competitividade. A idéia do giftwork é bem simples, hoje qualquer trabalho é considerado commodity: você é contratado para desempenhar determinada atividade, em um dado período de tempo, em troca você receber um salário. Já as melhores empresas irão constantemente reconhecer o trabalho bem-feito de seus colaboradores e enaltecê-los, porém não para ai, é importante que os dirigentes e gestores demonstrem generosidade pelas suas equipes, isso gera reciprocidade (o funcionário também demonstrará generosidade pela empresa) e faz com que a relação empresa/empregado não seja meramente mercenária.
Em uma de suas entrevistas Robert Levering nos traz um exemplo simples: “quando um colaborador enfrenta uma crise pessoal sem relação com o trabalho, quando um funcionário precisa de um tempo para cuidar de questões pessoais ou familiares, como uma necessidade de uma agenda mais flexível. Em situações dessa natureza, as melhores empresas têm programas ou políticas que são percebidas pelos funcionários como sendo generosas.”
E o que a empresa ganha? Reciprocidade, respeito e o melhor, engajamento, o colaborador cria um vinculo forte com a organização, tomando-a como sua e não medindo esforços para torná-la melhor.
E ai, sua empresa é uma gitfwork ou é só mais uma empresa pseudo-inovadora?
@coelhofernando

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

O segredo para reter talentos é óbvio: invista em pessoas.

 
Sempre digo isso (poucas pessoas me escutam): hoje o maior capital de qualquer organização não é o que ela tem, mas sim, quem ela tem.
Todo empresário deveria saber que com a atual (e provavelmente duradoura) escassez de capital humano qualificado, é bem mais fácil reter um bom talento do que buscar novos talentos no mercado. Infelizmente, muitos ditos gestores tem esse problema agudo de percepção e continuam trabalhando com o equivocado pensamento de que as pessoas são substituíveis.
Se pararmos para fazer uma análise histórica, vamos perceber que de fato há alguns anos atrás essa realidade era “verdadeira”, haja vista que as demandas de trabalho eram quase robotizadas e com pouco espaço e liberdade para inovação.
O QUE MUDOU?
Tudo mudou! Hoje a sociedade está hiperconecta, as pessoas valorizam mais o ser interior do que o ter exterior e o salário não é o mais importante na hora de escolher um emprego. Para os novos profissionais um bom ambiente de trabalho e benefícios são os aspectos mais valorizados atualmente e quem está na frente dos projetos, ou seja, das empresas, tem muita representatividade, mais do que o “eu mando e você obedece” hoje o “vamos fazer, aprender e crescer juntos” tem mais valor.
Sempre defendi que o que baliza a permanência de um profissional em uma organização é um tripé constituído por: o que se faz (satisfação), quanto se ganha (beneficio) + o que se aprende (troca).
Numa leitura mais profunda deste tripé podemos afirmar que a relação empresa/empregado precisa ser uma via de mão dupla, o resultado e satisfação tem que vir para os dois. Do mesmo modo a empresa deve ser um ambiente favorável constituído por uma atmosfera amigável – o que é fundamental para o relacionamento e inovação.
Segundo pesquisas da The “Y” Factor” outros fatores sine qua non são o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, benefícios oferecidos pelas empresas também são atrativos, além de cursos, treinamentos, bônus por desempenho e possibilidades de crescimento.
Infelizmente, muitos continuam céticos a essas tendências, o que é lastimável, enquanto não houver uma desconstrução de antigos padrões, algumas empresas continuarão a beber muita água da maré mercado.
Ou as empresas desenvolvem uma cultura empreendedora e meritocrática e montam um verdadeiro time de craques, ou elas continuarão cultivando velhos padrões e permanecerão na mediocridade.
@coelhofernando